sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Tu

Para ler ouvindo:

















Começaste me surpreendendo, recitando meus pensamentos,
Me arrancando um sorriso largo com a tua cara de bobo e tua irreverência.
Encontraste o caminho para a minha graça em meio ao sóbrio
Com a tua leveza, fizeste-me rir, verdadeiramente.

Tu. Fez do meu mundo real, colorido, perfumado e divertido.
Ao te olhar, só consigo pensar em entregar-me a ti, estar em teus braços.
E ao encaixar nossos lábios, arrancaste-me sorrisos intrínsecos,
E um desejo indescritível por cada pedaço do teu corpo.

A primeira vez que ouvi aquela música que me mandaste,
Foi como se, em meio à milhares de repetições,
Ela tivesse sido escrita pra mim, cada palavra, parágrafo.
E a cada vez que é tocada, é como se passeasse por dentro do meu corpo.

Teu rosto é como o sol do amanhecer, tímido, suave em meio ao céu azul,
Tua gargalhada sem motivo, é melodia.
Vem surgindo de mansinho e aos poucos ganha confiança em cores marcantes,
Assim como a luz que me trouxeste.

Não sei dizer ao certo o quê em ti me conquistou;
Teus lábios doces, tua mão na minha cintura pelas madrugadas à fora,
Teu olhar perdido pelo meu corpo,
Que não consegues disfarçar e que te faz perder-se em mim.

A luz das estrelas em uma noite de céu limpo,
Não consegue iluminar tanto quanto teu sorriso.
Nem mesmo o sol mais caloroso e brilhante,
Consegue aquecer-me tanto quanto a mistura dos nossos corpos;

As flores mais coloridas não conseguem prender mais minha atenção
Que o verde dos teus olhos.
Nem o etanol mais forte consegue entorpecer-me tanto
Quanto a tua língua úmida sobre minha pele.

Apenas aqueça minhas costas com o teu corpo,
Acarinhe o meu com tuas bonitas mãos,
E amanheça na minha cama
Com o cabelo bagunçado e a barba por fazer.

Não haverá outra mente tão perversa capaz de satisfazer teu desejo
Que é um veneno;
Uma vez provado, torna-se vício
Do qual a fome torna-se cada vez maior, mais forte e insuportável...