quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Existir



















Quem deveria te abraçar, te fere;
E quem deveria te consolar, te abandona.
Quem você tenta ajudar, te ataca
Você dá apoio mas não o recebe,
Faz companhia, mas tem solidão;
Doa amor, e de tanto doar, se esvazia
Espera receber de volta,
Mas isso nunca acontece.
E você fica vazio
Como um infinito cheio de nada;
Poderia parecer leve, como o vento
Mas o nada,
Ele é mais pesado do que você pode imaginar;
Assim como o seu corpo,
A força que você precisa fazer para simplesmente respirar,
Existir...
E a mão que deveria te guiar, te machuca;
Quem deveria te proteger, te causa medo.
E quem deveria te acarinhar, te suga,
Até não sobrar nada
Além de lágrimas e dor,
E um aperto no peito,
Que acaba com qualquer resquício do que sobrou.
A cada beijo,
Você recebe um tapa no rosto;
E a cada sorriso,
Indiferença.
Eles te exigem alegria,
Quando seu coração mal tem forças para bater.
E te dão esperança,
Pra te derrubar mais fundo da próxima vez;
E assim você segue,
Vazio.
Até alguém te encontrar pelo caminho
E te roubar o resto daquilo que você nem mesmo tem...

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Embriaguez














Magia ou alucinação?
Ver teu sorriso brilhar na escuridão
Balançando sob a luz das estrelas,
Sentindo a brisa da noite na pele nua em pelos,
Contrastando com o calor d'uma fogueira.

Vendo o mundo girar tão rápido!
Recitando palavras mágicas no silêncio,
Lábios manchados de vinho tinto
Afogam-se um no outro,
No desejo adormecido de outrora.

Dois corpos flutuando
Nas cores entre o preto e o branco
Delirantes pela embriaguez,
Sem saber o limite entre o real e o abstrato,
Desfrutando de texturas, perfumes e sabores...

Cortando a pele aveludada com pelos rijos,
Pintando as costas de vermelho com arranhões afiados,
Na sede de possuir-se completamente,
Deliciando-se com o sabor de corpos livres,
Saliva e suor como entorpecentes.

O feitiço do teu sorriso resplandescente,
No canto da boca, malicioso,
Destacado por tua barba negra por fazer,
Me desarma por completo
E faz guiar-me pelo querer.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Passageiro

Para ler ouvindo:





















Saudade das noites preenchidas de gargalhadas, álcool e histórias
Companhias que me faziam completa não importa onde eu fosse...
Mesmo se eu não soubesse pra onde,
Mesmo se não fosse pra lugar algum...
Saudade de quem já foi,
De quem ainda nem foi;
De quem nunca esteve.
Simplicidade.
Almas que me compreendiam,
Hoje cada uma em um canto diferente do mundo
Correndo atrás dos seus sonhos
Ou simplesmente vivendo do jeito que dá.
Tentamos não nos distanciar é fato, nos encontrar
Mas é cada vez mais difícil...
Um na praia, outro no campo
Um na cidade em meio aos barulhos do caos
Outro no silêncio de uma sacada sob a luz das estrelas
Sob o céu de uma cidade do interior...
Alguns expandindo a mente, outros o corpo,
Todos procurando satisfação
Talvez cada vez mais distantes dela...
E mesmo que de tristeza, sorrio
Por tudo que vivi e passei, por tudo que tenho a contar...
Pessoas vem e vão e é difícil acompanhar ao certo quem realmente está.
Talvez na verdade ninguém seja permanente
Apenas há momentos e momentos.
Pessoas...
Quanto mais as conheço, mais desconheço,
Mais me encontro no fundo de um copo com gelo e limão
No balcão de um bar manjado da cidade
Onde minha única certeza é mergulhar na fumaça
E quem sabe assim viajar pra longe...
Amigos, por mais perto que estejamos, o mundo gira
E a saudade sempre estará presente nos corações de carne e sangue
Mas na minha casa, seja onde for, sempre haverão dois copos
E na minha carteira, um tostão pra mais uma dose...

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Desvario

Apaguei-te de todos os lugares que pude.
Queimei pergaminhos rimados;
Aprisionei tristes lembranças no inconsciente,
Já que de outro jeito não consigo não as fazer presentes.
Sorri.
Meus sorrisos mais lindos para disfarçar um coração dilacerado.
Rabisquei por cima de tudo, em vão, pois já fazes parte da minha alma.
Que trapaceia... basta chegar a madrugada,
Algumas notas de piano dançarem nos meus ouvidos,
Uma agonia atravessar-me o caminho,
Um plano feliz invadir minha mente,
Tu surges de repente, como um fantasma a me espreitar...
Ah, como eu queria poder arrancar do meu peito esse sentimento!
Tornar-me oca, flutuar ao vento...
Trocaria por nada minhas lágrimas, por qualquer vazio dormente.
Arrancaria sem medo esse tormento!
Todas as entranhas até a última gota de sangue...
Só pra ver teu sorriso cintilante, sem todo esse lamento.
E talvez, ver essa felicidade voltar pra mim, feito bumerangue.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Pintura

Para ler ouvindo: 



























Perante às notas melancólicas de Bach, encho os olhos d'água, esboço um sorriso.
Doces recordações; Dor tão amarga quanto bela. Em cada nota.
Em tudo o que eu faço. O que toco, vejo, respiro, sonho, desejo...
Se é para ser assim, que eu despedace meu coração para que alguns olhos possam ler beleza.
Cada letra corresponde a uma nota que toca ao coração, no fundo do peito.
Afogo-me em lágrimas, mas não por tristeza somente.
Disseste tu certa vez: "É preciso dor para haver verdadeira beleza."
As mais belas artes são agonia, loucura, delírio, doença.
Que assim seja.
Corpos separados. Pele, calor, distantes. Do perfume, só a lembrança.
A maciez do cabelo. O gosto da saliva. A embriaguez das gargalhadas.
A dança entorpecente, em minha mente, tornou-se pintura.
Bailar sob as estrelas e a lua cheia. Levemente, girar e sorrir.
Silêncio.
Promessas e declarações através do olhar extasiado.
Coreografia inconsciente, mas milimetricamente perfeita.
Em vez de trajes negros, quem sabe um vestido branco esvoaçante.
Rendas e pérolas.
Olhos contornados de escuridão e lábios vermelho sangue.
Espelhando-se nas bolitas castanhas brilhantes.
A pele macia arranhando-se na barba por fazer...
Tu, como um perfeito cavalheiro, de terno escuro riscado e uma flor de enfeite.
Entrelaçar nossas letras digitadas ou escritas a lápis.
Casar palavras rimadas que quando lidas, provocam intensidade.
À flor da pele.
Frases tão quentes e confortáveis como um abraço.
No qual poderíamos morar pelo resto de nossos dias...
Não sendo assim, vamos viver e sorrir para outro beijo qualquer
Como se tivesse a chance de ser tão doce quanto...
Mas, sei que no fim, tudo sempre dá certo, o durante é apenas passageiro.
Permanente mesmo é aquilo que para no tempo.
Palavras grafadas em folhas guardadas em baús de madeira.
Bonitas demais para serem jogadas fora.
Gravadas na pele, na memória e em cartas escritas à mão, guardadas na carteira.
Algo bom está por vir. O quê, não consigo prever, mas sinto.
Só quero estar feliz mesmo que isso nunca se acabe, de outro jeito quem sabe, reaprender.
Desatravancar todo o meu choro, cada lágrima, uma por uma.
Sofrer tudo o que preciso for, por mim, por você...
Feliz há de ser o final. Se não for feliz, há de ser fim.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Vício


Tenho conseguido ficar limpa por um tempo.
Ilusoriamente, talvez, tenha conseguido ficar sóbria por mais tempo a cada recaída.
Mas, toxicamente, cada retrocesso é mais venenoso, dolorido, enclausurante...
A cada reincidência, a ferida que ainda não estava totalmente curada, torna-se doença.
E cada tragada que dou - depois de um mês a mais que fiquei longe,
Uma semana, um dia, não sei ao certo -, é mais entorpecedora.
Nas cinzas do cigarro, misturadas com as gotas do vinho bordô derramado sobre a mesa,
Em meio à fumaça, letras se juntam diante dos meus olhos numa dança psicodélica
E formam frases que entram pela minha íris e se aglomeram na retina
Terminando em mais uma folha branca arquivada em minha mente.
Na abstinência de ti, injeto, direto na veia, uma dose de lembranças
E instantaneamente, desvanece a dor da fissura por ti, teu cheiro, gosto, tua carne.
Por fim, quase esboço um sorriso e conforto-me nos teus braços na escuridão.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Histórias e Estórias

E se um dia eu passava as madrugadas me escrevendo por ti e lendo teus desejos além de nas palavras que teus olhos pronunciavam, em braile com os meus dedos pelo teu corpo, decifrando teus pensamentos pela eletricidade da tua pele em contato com a minha, hoje eu perco o sono lendo histórias e estórias em páginas amareladas pelo tempo, ou ainda com cheiro de novo, perfume, tua caligrafia, marcas de café e marca-páginas; Ora engolindo o choro por sentir saudade e o teu cheiro ao ver uma fotografia, ora sorrindo por ter escrito tudo o que traçamos, e que na sede de devorar as palavras - e um ao outro -, talvez não tenhamos conseguido nos entender e distinguir nossos sabores, e assim sigo escrevendo-nos um pedaço aqui, outro ali entre folhas brancas e amarelas - além de na minha pele -, lápis, papel, agulha e tinta, e chuva batendo na janela...

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Disfarçadamente Doentio

Me desculpe se minha mente é tão doentia quanto a sua e com nossas histórias semelhantes, mesmos papéis principais, acabamos disputando quem é mais desgraçado.

Me desculpe por te fazer achar que quero roubar a mentira que você criou com tanto trabalho para si, mas no fundo você não vê que eu sei que não é verdade?

Quando nem você mais se dá conta das suas enganações, quando sua mente passa a brincar contigo, confundindo até onde vai a verdade e onde começa a mentira e vice versa.

E você já não sabe mais qual é o limite. O senhor tão articulado e inteligente começa a enlouquecer com raiva de si mesmo e perde o controle.

Nega tudo o que sabe que é verdade. Nega o que eu vejo nos teus olhos que é real. Tenta esconder os erros e as dores, mas se engana ao pensar que eu não os vejo nos teus passos.

Em cada piscar de olhos, inspiração, expiração. A cada alteração no volume da voz, a cada perda da linha de raciocínio por causa da emoção.

Sim. Eu vejo o verdadeiro você. Porque eu sou tão desvairada quanto ele. Mas eu não tenho medo de descobrir a mim mesma, isso não é segredo pra ninguém.

Não tem porque querer parecer um rei autocentrado, limpo e barbeado, quando sua mente está em ruínas, quando por dentro você sabe que a doença te dilacera em pedaços e te saboreia lentamente.

Mas, insiste em proteger o seu império já falido pelos seus deslizes ou mesmo pela sua humanidade. Falta de racionalidade. Só não se culpe por ser humano.

E não queira destruir quem sabe que você também sangra. Que por trás da sua armadura e da sua imagem detalhadamente estudada e aperfeiçoada, és de carne e osso como qualquer outro.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Saudade de ter Saudade

Saudade da companhia que carregava meus livros. Que ficava nas madrugadas lendo minhas angústias. Dos carinhos no coração e no corpo, de um colo macio. Do estacionamento do posto de gasolina. Do frio na barriga. Do beijo por entre as grades do portão. Das seleções de músicas gravadas no antigo computador. De sentir-me protegida na escuridão do quarto, vestida apenas com a tua companhia e a minha vergonha. Da cama de solteiro com o baú na cabeceira. Do rádio tocando Pijama Show. Do feixe de luz que vinha do outro cômodo. Da tua ânsia, teu cheiro, teu gosto, da tua sede. Das despedidas. Da espera por você na manhã seguinte. Do teu perfume e do cheiro doce de hortelã que vinha da tua boca. Da tua camiseta cor-de-rosa. Do teu sorriso inocente. Do teu olhar bobo. Das tuas mensagens. Das 24 horas do dia serem insuficientes para a nossa vontade de estar juntos. Do DVD do Pink Floyd debaixo do cobertor. Da Coca Cola gelada no calor da tarde. Da vontade de fugir com você. Das nossas idas ao mercado e dos nossos sanduíches com pão baguete. Da ida à locadora, dos nossos filmes, ah os nossos filmes! Do teu edredom azul. Da tua caligrafia e das tuas composições. Do nosso beijo ao som de Guns N' Roses em meio à fumaça de cigarro. Das nossas festas. De quando vinha me buscar em casa nas sextas-feiras depois da aula e comíamos pizza na frente da TV. Dos shows aos sábados. Dos ensaios aos domingos. Dos pastéis assados de frango com catchup e Nescau antes da aula nas segundas-feiras. De ver os Simpsons e Bones antes da aula. De não ir na aula e ficar contigo debaixo das cobertas assistindo qualquer coisa. Ou de quando eu saía da aula e ia te buscar. Da espera por você nas terças-feiras à noite na minha casa. Do xis-sem-pão nas quartas-feiras. Das danças, conversas e risadas na praça. Dos banhos de piscina e dos jantares. De dormir até o meio dia na praia. Da praia. Contigo. De ficar o fim de semana todo no quarto. Das macarronadas no meio da semana na tua ex casa. Das fotos que tirávamos do céu da tua janela à noite. Do afago no pescoço na tua festa de aniversário que eu planejei. Da roupa que eu usei, do meu brinco solitário azul royal. Daquela noite. Saudade de não ter saudade de quem um dia você foi.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Terra Firme

A mais feliz do mundo eu seria se o seu eu de alegria estivesse comigo todo dia, deixando de esconder o olhar doce que o seu eu amargo gosta tanto de disfarçar, com medo de se machucar.

Gostaria de descobrir uma fórmula, um segredo, feitiço ou milagre pra que eu pudesse te fazer confiar no meu colo e se despir da armadura e da espada que aponta pra mim cada vez que tento te acarinhar.

Sei que sou culpada de muitas coisas, mas a causa desta fuga acredito que seja o demasiado amor que dói quando se está em paz, e mais ainda quando não se está.

Pois quando te acarinho me foges, quando me declaro, te calas, quando minha alma dispo, com ironia ri, como se fosse besteira, mas sei que no fundo sabes que não é.

No fim, acho que tens anseio por fazer o mesmo que eu, mas tens medo de se doer. Porque quando te fujo, me acarinha, quando me calo, te declara, quando me cubro, me desejas nua...

Todo dia, me machucas, novas feridas, feridas velhas, em novos lugares ou sobre os antigos. Mas minha ferida mais profunda é ver tuas lágrimas caírem por meus pecados.

Apesar da dor, com você eu me sinto em casa em qualquer lugar que esteja. O teu abraço é o lugar mais seguro - e macio - do mundo. Tua presença me deixa feliz além do cansaço e da realidade demasiada.

O paraíso é debaixo do teu braço, ouvindo teu coração bater, mesmo sobre o sangue das feridas do meu. O paraíso é a terra firme que encontro nos teus olhos castanhos, meu apogeu.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Estupidamente Correto

Não é preciso ficar provando suas convicções, muito menos falando que as têm. Se as têm, não há porque querer provar. Se é fato, não há porque haver explicação. Até porque, mesmo que a gente se explique, as pessoas tiram as conclusões que querem sobre nós, então, não faz sentido perder tempo e se aborrecer tentando se explicar.

Porém, é incrível como as pessoas são covardes. E falsamente corajosas na internet. Dão indiretas nas redes sociais, mas não têm coragem de falar cara a cara ou inbox, que seja. Reclamam pros outros mas não têm coragem de chamar a pessoa com quem têm um problema pra conversar. E ainda por cima, julgam de grosso ou estúpido, aquele que simplesmente fala a verdade, e o faz na frente das pessoas, da maneira que todos deveriam fazer. Afinal, é mais "bonito" ser agradável na frente e reclamar pelas costas. É mais "bonito" concordar na frente e criticar nas costas. Dá mais certo ser "bonzinho" com os amigos e dizer que os ama e falar mal dos defeitos deles - pelas costas, claro -, pra outros amigos. É mais fácil sair correndo pra contar quando alguém faz algo errado do que assumir seu próprio erro né?

Pra quem não tem colhões pra assumir as coisas, eu entendo que pode até ser mais fácil, mas não é mais ético. É fato que exige menos esforço. E quem faz isso fica com uma boa imagem com os cegos que não conseguem ver sua covardia. Só que reclamar aos quatro ventos pros outros não vai resolver o problema que você tem com aquela determinada pessoa. Isso é fofoca, apenas. Se você tem um problema com João, é com João que tem que resolver. Reclamar, explicar, argumentar, dizer que não gosta, que atrapalha, pedir pra mudar, fazer o que for necessário. Sob o risco de ser julgado, porém, com a consciência limpa. Porque as pessoas têm medo de ouvir a verdade. Muitas vivem mentindo pra si mesmos, até que a mentira se torna tão grande que as outras pessoas passam a acreditar nela também. Com certeza, é muito mais difícil assumir pra si mesmo e pros demais o erro, tentar consertá-lo, mudando um processo ao qual já se está acostumado, do que mentir e acreditar na sua própria mentira.

Falar a verdade, pode ser desagradável, incômodo, e com certeza se você o fizer, você será julgado, porque as pessoas gostam mais daquelas que concordam com tudo e dão tapinhas nas costas, do que daquelas que questionam. Porque é mais fácil deixar a poeira debaixo do tapete, mas varrê-la é mais sincero e certo e evita o mau cheiro que cedo ou tarde, chegará. E é assim que se coloca a casa em ordem e se aprende a confiar nas pessoas. Quando elas além de te elogiarem quando necessário, também te chamam pra um canto e dizem que não concordam com algo que você fez, o que também é necessário às vezes. É assim que se faz quando se quer o bem da pessoa e ela por perto da melhor maneira possível. Sem expor aos outros, porque isso não leva a nada. Qualquer exibição é só pra ganhar ibope ou puro coitadismo. Desconfio daqueles que acham tudo lindo. Que nunca xingam. Que são "amigos de todo mundo". (...)

Amizade verdadeira é sincera. E se não for amizade, sinceridade é caráter, ética nas relações. E é isso que vai surtir algum efeito caso você se incomode com algo que alguém está fazendo. Não precisa ser estúpido, mas tem que falar quando necessário e também tem que saber ouvir e avaliar o que alguém te diz. Tem muitas coisas em nós mesmos que não enxergamos e que os outros enxergam, e só tendo alguém que tenha coragem de falar que está errado, estando aberto para ouvir e capacidade de analisar, é que podemos mudar e evoluir. Tem muita gente que fica chateado quando é criticado e vem com quatro pedras nas mãos contra aquele que criticou, muitas vezes, querendo ajudar. Só que, além de quem não tem coragem de falar, quem não tem coragem de ouvir, também é covarde. Se duvidar, ainda mais.

O primeiro passo para resolver algo é aceitar. O segundo é entender o porque e o terceiro é achar um meio de mudar e/ou conviver com isso. Não dá pra ter medo de chegar e dizer que não concorda com algo. As pessoas que mudaram o mundo foram as que discordaram. Em muitos casos, se alguém faz alguma crítica é porque está tentando melhorar tanto a pessoa em si, quanto o relacionamento que tem com ela. Em outros casos, é claro, as críticas são para prejudicar. Por isso é preciso coragem para falar e discernimento para avaliar. Mas não esqueça: a maioria não sabe ouvir e prefere aqueles que só aplaudem. Por isso, busque as palavras e o momento certo para soltar o verbo.

"No fim das contas tudo se resume a confiança e respeito, indiferente do tipo de relação, o resto vira história pra contar, ou esquecer." (Odo Reginatto)