O bar onde
jantávamos fechou.
E eu não
suporto mais beber aquilo que me fez declarar-me e atacar-te.
Me embrulha
o estômago...
Os cigarros
que deixei porque pediste,
Voltaram
pra preencher teu lugar.
Minha voz
já não tem mais sonoridade sem os teus acordes.
Meu canto
se perdeu sem você pra dizer pra eu não entrar antes da hora.
E a minha
voz soa fraca sem teus graves pra me acompanhar.
Minhas
palavras tanto procuram o desejo e aquele encanto
Que só vinha se fosse pros teus olhos lerem.
Que só vinha se fosse pros teus olhos lerem.
E todos
aqueles quartos os quais foram nossos por uma noite,
Tantas
cores, confissões, gargalhadas, penumbras e sussurros
São delírios,
lembranças, psicose.
Vejo teus
olhos nos olhos d'outro alguém,
Ouço tua
voz ao pé do meu ouvido a arrepiar todo o meu corpo.
(Ou será na minha cabeça?)
(Ou será na minha cabeça?)
Sinto teu
cheiro no ar, teu gosto a me importunar;
Fecho os
olhos e gozo a imaginar teu corpo,
A lembrar
das nossas coreografias...
E tua falta
me sufoca o peito,
Eu
congelo sem teu suor pra molhar meu corpo,
Mesmo debaixo do cobertor...
Tento acreditar
que um dia vou acordar e ver que foi “só” pesadelo
E anseio com todas as forças perder a memória,
Pra poder
reescrever minha história sem o querer de sonhos irrealizáveis
Nesta vida, neste mundo real, ao menos.
Enquanto isso, leio outras histórias, pra tentar fugir da minha própria mente.
Nesta vida, neste mundo real, ao menos.
Enquanto isso, leio outras histórias, pra tentar fugir da minha própria mente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui o seu comentário