segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Desvario

Apaguei-te de todos os lugares que pude.
Queimei pergaminhos rimados;
Aprisionei tristes lembranças no inconsciente,
Já que de outro jeito não consigo não as fazer presentes.
Sorri.
Meus sorrisos mais lindos para disfarçar um coração dilacerado.
Rabisquei por cima de tudo, em vão, pois já fazes parte da minha alma.
Que trapaceia... basta chegar a madrugada,
Algumas notas de piano dançarem nos meus ouvidos,
Uma agonia atravessar-me o caminho,
Um plano feliz invadir minha mente,
Tu surges de repente, como um fantasma a me espreitar...
Ah, como eu queria poder arrancar do meu peito esse sentimento!
Tornar-me oca, flutuar ao vento...
Trocaria por nada minhas lágrimas, por qualquer vazio dormente.
Arrancaria sem medo esse tormento!
Todas as entranhas até a última gota de sangue...
Só pra ver teu sorriso cintilante, sem todo esse lamento.
E talvez, ver essa felicidade voltar pra mim, feito bumerangue.

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